A Origem da Dança do Ventre
A Origem da Dança do Ventre é controversa e
permanece como um mistério até os dias de hoje. A versão mais divulgada é a de
que a dança surgiu no Egito a aproximadamente 7500 a.c, em rituais sagrados em
homenagem à Ísis, deusa da fertilidade e da prosperidade, era dançada por
sacerdotisas e todos os seus movimentos eram associados a elementos da
natureza. Mas até hoje, não foram encontrados vestígios arqueológicos em
abundância que comprovem esta versão, apenas fragmentos de informações que
podem ser interpretados como vestígios. Outra corrente de pensamento aponta
para a Mesopotâmia, onde as mulheres dançavam em louvor à grande Mãe,
"Inana", a 6500 a.c em agradecimento a fertilidade e ao amor.
Com a invasão do povo árabe ao Egito, em 638
d.c, a dança foi incorporada a cultura árabe, assumindo ares muito mais
festivos. Passou a ser praticada em festas populares e palácios.
No ocidente foram os franceses que
descobriram a dança e a chamaram de "Danse du Ventre", por causa dos movimentos
de ondulações abdominais.
A "Belly
Dance", como ficou conhecida em inglês, passou a ser divulgada de maneira
distorcida na década de 20, através do cinema americano em filmes fantasiosos
sobre Sheiks e Haréns, vulgarizando não só as bailarinas como também a dança que desde então
passou a ser alvo de preconceitos.
No
Brasil, a Dança do Ventre ganhou maior expressão a partir da década de 70,
tendo conquistado maior espaço em São Paulo, estado onde se concentra a maior
colônia Árabe do país. A primeira bailarina a se apresentar em público foi
Zuleika Pinho. Outra precursora da dança em nosso país foi Sherazade, bailarina, e professora , mestra de muitas
das maiores bailarinas do nosso país na atualidade, entre elas, Lulu Sabongi, outra grande bailarina e que atualmente é
considerada uma das melhores do mundo.
A Dança do Ventre sofreu grandes modificações
desde sua origem até os dias de hoje, existem muitos estilos de dança e linhas
de ensinamento, mas a única coisa que permanece é o ar de mistério, magia e
beleza que esta arte representa.
Texto:
Janahina Borges
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